Algumas curiosidades sobre o tratamento fotográfico antes da era digital.

Atualmente, pode parecer estranho imaginar uma época em que o computador não existia – e tarefas que hoje estão ao alcance de um clique eram feitas com a mão na massa, muita paciência e uma série de equipamentos que quase nem são usados mais. Muito antes da produção em série de computadores e softwares, maneiras de tratamento analógicos já eram desenvolvidas.

Algumas das fotografias mais famosas do mundo foram muito bem cuidadas por meio da Magnum Photos, uma organização com mais de 60 anos, responsável por fotografias e impressões em câmara escura na cidade de Nova York.

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Um dos nomes mais ilustres da Magnum é o de Pablo Inirio, um mestre das salas de revelação e impressão. Ele foi o responsável por muitas edições fotográficas antes da existência do Photoshop.

O mais interessante é ver como esse processo era demorado e trabalhoso com medições e linhas de destaque para delimitar a finalização das imagens.

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James Dean na Times Square, fotografado por Dennis Stock.

Antes do Photoshop, era necessário desenvolver o negativo diversas vezes, voltando para marcar e queimar áreas específicas com base no que você não gostava nas fotos.
Muito tempo era consumido até o desenvolvimento de uma forma eficiente para o tratamento.

Nos anos 1990, os irmãos Thomas e John Knoll criaram o aplicativo inteligente, capaz de realizar retoques em fotografias e imagens, o Photoshop – que revolucionou os parâmetros de tratamento e impulsionou outro setor do mercado.

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Audrey Hepburn, fotografada por Dennis Stock.

As ferramentas tão comuns desse software tiveram inspiração em maneiras de edição de imagens utilizadas até então.

Os pincéis de diferentes formatos do Photoshop são reproduções dos que os editores utilizavam. Antes, porém, era necessário um pincel para cada tipo de modificação: um com ponta mais fina para retoques mínimos e outro usado para receber tinta, entre outros. Outros materiais ainda eram as réguas, tintas de vários tons diferentes, algodão, cola, gelatina e rolos de borracha.

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No tratamento de contraste, todo cuidado era pouco. Hoje em dia, um simples atalho no teclado faz com que a imagem volte ao estado anterior, mas em 1946: se você errasse, era bem provável que o trabalho inteiro estivesse arruinado.

Outra curiosidade é que em vez do zoom digital, uma lupa era recomendada para ampliação dos pontos da foto. Além disso, assim como você escolhe um bom monitor hoje em dia, mesas de desenho para visualização das fotos eram importantes na época, com altura e ângulo ajustáveis.

Informações:
http://photos.com.br/quando-o-photoshop-nao-existia/